Quem tem HIV pode ter filhos?
O vírus da imunodeficiência humana, conhecido como HIV, tem como principal característica atacar e fragilizar o sistema imune do indivíduo. No entanto, graças à evolução da Medicina, pessoas com HIV podem ter uma rotina saudável com o auxílio de medicamentos. E muitas delas passam anos sem mesmo manifestar sintomas.
No passado, a paternidade não era uma possibilidade para homens e mulheres com HIV. Atualmente, porém, é possível que soropositivos se tornem pais biológicos de uma criança sem transmitir o vírus a ela.
Descubra por que razão quem tem HIV pode ter filhos. Quais são os procedimentos que possibilitam essa realidade e quais os cuidados que precisam ser tomados a fim de proteger o bebê.
HIV e AIDS são a mesma coisa?
Embora seja um questionamento bastante popular, AIDS e HIV não são a mesma coisa. A AIDS ocorre quando há a manifestação dos sintomas do estágio mais avançado da doença. No qual o sistema imune do paciente está comprometido e vulnerável a outras patologias, incapaz de se defender. Ainda que não exista cura para a AIDS, os medicamentos impedem que o quadro clínico evolua. Existem até mesmo muitas pessoas que possuem o HIV, porém nunca tiveram nenhum sintoma relacionado à doença.
Como ocorre a transmissão do HIV?
A transmissão do HIV se dá pelo contato sanguíneo, seja no compartilhamento de seringas, seja via transfusão de sangue contaminado, por exemplo, seja pela amamentação. Também é possível contrair o vírus através de relações sexuais sem proteção, tanto por via oral, vaginal quanto por via anal. Entretanto, isso não impede a paternidade, uma vez que quem tem HIV pode ter filhos.
Quem tem HIV pode ter filhos?
Se a transmissão do vírus sucede por meio de relações sexuais sem métodos contraceptivos, quem tem HIV pode ter filhos biológicos? Sim, porém é preciso tomar algumas precauções. Isso porque a fecundação nesses casos específicos não pode ser realizada por meio do sexo. Visto que há alto risco de transmissão, e sim com o auxílio de tratamentos de fertilização, através de técnicas de reprodução assistida. Essa é uma opção tanto para mulheres quanto para homens portadores do vírus.
Quem tem HIV pode ter filhos e engravidar?
Quem tem HIV pode ter filhos através da gestação? Sim. Quando a mulher engravida, a placenta se transforma numa bolsa protetora, impedindo que a mãe transmita o vírus ao bebê. No entanto, a fecundação também deve ocorrer mediante tratamento de fertilização, assim como é importante que a carga viral da gestante esteja negativa. Além disso, não é recomendado que a mãe tenha parto normal nem amamente, já que a criança pode contrair o vírus em ambas as situações.
Mesmo que seja possível, a gestação exige diversos cuidados, como exercícios físicos reduzidos e monitoramento constante. Vale lembrar que, por se tratar de um quadro delicado, é fundamental que haja o planejamento e o acompanhamento médico, visando entender a condição da mulher, acompanhar o caso e até mesmo avaliar a necessidade da administração de medicamentos antirretrovirais durante a gestação.
Tratamento de fertilização como opção segura
Como vimos, quem tem HIV pode ter filhos. No entanto, é necessário que o processo seja feito por intermédio de técnicas como a Fertilização in Vitro ou Inseminação Intrauterina, por exemplo. Quando a mãe é soropositivo, a inseminação artificial impede que o pai contraia o vírus. No entanto, quando o pai é quem possui o HIV, é preciso que ocorra uma lavagem dos espermatozoides em laboratório, a fim de que não se dê a transmissão ao bebê ou à gestante. O motivo é que o espermatozoide em si não possui o vírus HIV, mas o vírus está presente no plasma seminal e em outras células no sêmen.
Além disso, a amostra precisa ser testada, para verificar que não haja a possibilidade de transmissão do vírus durante a fertilização. Após o procedimento, há duas opções para atingir a gravidez: a Inseminação Intrauterina (IIU) e a Fertilização in Vitro, podendo esta última se dar pela metodologia clássica (FIV) ou pela Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI).
Vale lembrar que, em ambos os casos, é necessário acompanhamento e aconselhamento médicos, porque existe todo um procedimento por trás para que a reprodução assistida ocorra corretamente, assim como a administração de antirretrovirais seja realizada eficazmente.
Criopreservação e o Banco de Sêmen
Não é incomum o desenvolvimento de certos tipos de cânceres associados a portadores de HIV como, por exemplo, o Linfoma Não Hodgkin. Pessoas HIV positivo que desenvolvem esse tipo de linfoma necessitarão se submeter a tratamentos oncológicos, os quais podem afetar negativamente a produção de espermatozoides, levando ao comprometimento ou perda da sua fertilidade.
Ao utilizar recursos da Medicina, como um Banco de Sêmen, portadores de HIV acometidos de Linfoma Não Hodgkin podem manter a perspectiva de ter filhos. Ao recorrer ao serviço de Criopreservação de Sêmen, o homem vai coletar seu material biológico e armazená-lo até que deseje realizar alguma técnica de reprodução assistida. Para isso, ele deverá encontrar um centro de reprodução humana que conduzirá seu tratamento de fertilização e o processamento do material criopreservado, para que o espermatozoide utilizado esteja livre do HIV.
Outro destaque da utilização das técnicas de Criopreservação para o armazenamento de sêmen é a possibilidade de preservar o material por longos períodos de tempo (anos), facilitando o processo nas circunstâncias onde o casal deseje ter mais filhos no futuro. Nos casos de congelamento de sêmen de portadores do HIV, o material é armazenado separadamente das amostras procedentes de pessoas não portadoras, com o intuito de evitar, ainda que remotamente possível, eventuais contaminações cruzadas.
O exame de HIV, assim como de outras doenças infecciosas que podem ser transmitidas sexualmente, é uma das análises solicitadas rotineiramente na triagem do paciente que opta pela Criopreservação de Sêmen. Diante dos recursos médicos atuais, entre as infecções investigadas previamente ao início do processo de criopreservação seminal, até o momento, a única que realmente impede a Criopreservação de Sêmen é a presença de Zika vírus.
Se você tem interesse na técnica de Criopreservação e deseja saber mais sobre o tema, confira como escolher uma empresa que congele o sêmen humano e tenha mais informações sobre como é realizado o procedimento.