O que é epididimite
A epididimite é uma inflamação que se desenvolve na região escrotal. Geralmente caracterizada pela infecção no epidídimo, tubo responsável pelo transporte e armazenamento do esperma. A epididimite pode ser classificada como crônica ou aguda. E 70% das ocorrências acontecem com homens na faixa etária entre 20 e 40 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade.
Nos casos mais intensos, a epididimite pode levar à infertilidade e exigir intervenções cirúrgicas. Por isso é fundamental o acompanhamento médico e a consulta emergencial a um urologista nos primeiros sinais e sintomas da doença. No artigo a seguir, vamos entender melhor o que é a epididimite, quais os principais sintomas e como funciona o tratamento dessa doença.
De que se trata a epididimite
A epididimite se caracteriza pela inflamação infecciosa ou não infecciosa do epidídimo – tubo em forma de C que se localiza em região anexa aos testículos –, cuja principal função no organismo é armazenar e transportar o sêmen até a uretra. O quadro pode se desenvolver devido a uma infecção bacteriana ou também a traumas e vasculites. Quando a infecção atinge os testículos, a inflamação também pode ser chamada de orquiepididimite.
A epididimite pode se tornar crônica, geralmente quando o paciente não busca atendimento, e assim a inflamação evolui sem tratamento adequado. Pouco frequente, mas esse quadro pode necessitar de intervenção cirúrgica.
Causas da epididimite
Existem diversos fatores que podem causar a epididimite. Em cerca de 80% dos casos, ela ocorre em razão de infecção bacteriana ou originária da inflamação provocada por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), como gonorreia, clamídia e outras.
Nos casos não infecciosos, a inflamação pode se dar por causa de traumas na região, provocados por esportes de contato e por acidentes. Situações mais raras atualmente, a epididimite pode ser causada por tuberculose.
Fatores de risco da epididimite
Além da faixa etária, não existe nenhum fator de risco relacionado a características demográficas, apenas de caráter comportamental ou com base no histórico médico do indivíduo.
De modo geral, a epididimite é mais comum em homens que fazem sexo sem camisinha ou tiveram algum tipo de Doença Sexualmente Transmissível. Pacientes que precisaram utilizar sonda na uretra em virtude de algum procedimento médico ou que possuem histórico de infecções nas vias urinárias ou na região da próstata também têm maior risco de desenvolver a epididimite.
Sinais e sintomas de epididimite
Dentre os possíveis sinais e sintomas da epididimite, podemos citar:
- Nódulos intra-escrotais
- Secreções ou presença de sangue no sêmen
- Dores durante as relações sexuais, a ejaculação ou a micção
- Dores ou desconforto nos testículos e na região da pelve
- Inchaço e vermelhidão nos testículos
- Febre
Diagnóstico da epididimite
Com base no relato do quadro, o urologista realiza o exame clínico. Em ocorrências de suspeita de infecção, são solicitados exames de urina, sangue e de imagem.
Tratamentos para a epididimite
Em casos de infecção bacteriana, o uso de antibióticos é bastante comum no tratamento de epididimite. Quando se trata de infecção provocada por DSTs, é aconselhado que o parceiro sexual também faça tratamento. Geralmente leva algumas semanas até que o quadro infeccioso regrida.
Durante esse período, aconselha-se repouso, para aliviar o desconforto provocado pela inflamação. Dependendo da situação, anti-inflamatórios e analgésicos podem ser receitados, a fim de auxiliar o tratamento e diminuir as dores.
Possíveis complicações
As principais complicações ocorrem quando a epididimite não é tratada e se torna crônica, aumentando as dores e os desconfortos, assim como o nível de cuidados necessários. Em ocorrências mais graves, a infecção pode provocar abcessos, exigindo intervenções cirúrgicas, ou se espalhar para outras regiões da bolsa escrotal além do epidídimo. A epididimite não tratada ou tratada erroneamente pode levar à infertilidade.
Como prevenir a epididimite
A principal forma de previnir a epididimite é através do sexo seguro, sendo essencial utilizar camisinha durante as relações sexuais, a fim de evitar o contágio de alguma DST. Além disso, é indicado que homens que possuem infecções urinárias de forma frequente conversem com seu urologista, visando ampliar os cuidados necessários e evitar o desenvolvimento da doença.
Em alguns casos de epididimite crônica, a Vasectomia é uma maneira de evitar a reincidência. Nessas situações, a Criopreservação é uma alternativa importante a ser considerada, uma vez que, por meio do congelamento do sêmen, o homem que deseja se tornar pai no futuro pode manter tal possibilidade.
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