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Aplasia da medula óssea: conheça as causas, os sintomas e os tratamentos

Aplasia da medula óssea: conheça as causas, os sintomas e os tratamentos

A aplasia da medula óssea é uma doença grave que diminui a produção de células sanguíneas no corpo humano. Como resultado, o indivíduo pode apresentar quadros de anemia, ficar suscetível a infecções recorrentes, entre outros problemas.

Felizmente, existem tratamentos que proporcionam a cura dessa doença na grande maioria dos casos. Nas situações mais severas, pode ser necessário o transplante de medula óssea, procedimento que necessita de um doador compatível para ser viabilizado.

Hoje em dia, com a tecnologia da criopreservação, é possível congelar as células-tronco do cordão umbilical de um recém-nascido. Assim, a própria pessoa, ou parente próximo, pode utilizar essas células na idade adulta, se necessário, aumentando a eficácia do tratamento contra doenças hematológicas.

Neste artigo, abordaremos as causas, os diagnósticos, sintomas e tratamentos da medula óssea e como essa doença se relaciona com a criopreservação de células-tronco. Tenha uma boa leitura!

O que é a aplasia da medula óssea?

Também chamada de anemia aplástica, a aplasia da medula óssea é uma doença rara, caracterizada pela diminuição da capacidade das células-tronco hematopoiéticas em produzir células sanguíneas saudáveis.

Dessa forma, o sangue circula no organismo com baixa concentração de plaquetas, hemácias e/ou leucócitos, ocasionando diversos problemas de saúde, como anemia, infecções repetitivas e hemorragias frequentes.

Dependendo da causa e da intensidade da doença, a falência medular pode ser temporária ou definitiva. Nos quadros menos severos, o afastamento dos agentes desencadeadores da aplasia da medula óssea e o tratamento de suporte já podem ser suficientes para a cura do paciente. Já nos casos mais graves, é necessário o transplante de medula óssea.

Quais são os sintomas da aplasia da medula óssea?

Para entendermos melhor os sintomas da aplasia da medula óssea, é importante que haja a compreensão sobre as células sanguíneas e a função de cada uma delas, como essa explicação do Oncoguia traz. 

Basicamente, o sangue é composto pela parte líquida (plasma) e a parte sólida, constituída pelos glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.

As hemácias são as células mais abundantes no sangue e cumprem a função de transportar oxigênio e gás carbônico no organismo. São os glóbulos vermelhos, portanto, que levam o O² dos pulmões para todas as células do corpo humano, que, por sua vez, mandam o CO² para ser eliminado na respiração pulmonar.

Já os leucócitos são um grupo de diversas células responsáveis pela defesa do organismo contra agentes externos. Caso o corpo seja contaminado por vírus, bactérias ou parasitas, os glóbulos brancos atuam para combater a infecção e restabelecer a saúde do indivíduo.

Por fim, as plaquetas possuem o papel de realizar a coagulação de vasos sanguíneos danificados. Quando o corpo sofre alguma hemorragia interna ou externa, essas células atuam rapidamente para conter a perda de sangue na área atingida

Dessa forma, os sintomas da aplasia da medula óssea se relacionam com os problemas decorrentes da falta dessas células sanguíneas que realizam funções importantíssimas no organismo humano. Entre as principais manifestações da doença, podemos citar:

  • Anemia, caracterizada pelo cansaço excessivo, palidez, falta de ar após atividades físicas leves, entre outras condições decorrentes da baixa concentração de hemácias.
  • Infecções repetitivas, ou seja, frequência de síndromes respiratórias, lesões na boca, entre outras, decorrentes da deficiência de leucócitos.
  • Sangramento excessivo no nariz e na gengiva, aparecimento de manchas roxas pelo corpo, demora na cicatrização de feridas e demais problemas relacionados à diminuição de plaquetas.

Diagnóstico da aplasia de medula óssea

A anemia aplástica pode se confundir com outras doenças hematológicas, necessitando de diferentes procedimentos diagnósticos feitos pelo médico hematologista.

Em geral, a primeira etapa do diagnóstico é a realização de um hemograma completo. Se forem constatados níveis baixos de plaquetas, hemácias e/ou leucócitos, o médico hematologista vai realizar estudo medular através do mielograma, da biópsia da medula óssea – procedimentos em que são retiradas amostras do sangue ou de um fragmento do osso do paciente.

 

O que pode causar a aplasia da medula óssea? 

Existem diferentes causas para a aplasia medular. Na maioria dos casos, a doença ocorre por exposição do corpo a agentes externos, mas também pode ser gerada por um mecanismo autoimune (quando o próprio corpo ataca determinadas células) ou, ainda, ter origem genética.

Entre as principais causas externas reconhecidas da aplasia de medula óssea, podemos citar:

  • Exposição a produtos químicos, como benzeno e pesticidas.
  • Infecções virais, como hepatite.
  • Uso de certos medicamentos (quimioterápicos, antibióticos, anticonvulsivantes, entre outros).
  • Exposição prolongada à radiação.
  • Efeito adverso da quimioterapia.

No entanto, nem todas as causas da aplasia da medula óssea são conhecidas. Ou seja, pode ocorrer do paciente desenvolver a doença, e o motivo não se enquadrar em nenhuma das situações mencionadas. 

Há cura para a aplasia da medula óssea? 

Sim: independentemente da causa da aplasia medular, existem tratamentos capazes de curar a doença. Os procedimentos são variados, mas em todas as situações, é possível restabelecer a medula óssea para a saudável produção hematopoiética.

Entretanto, caso seja necessário o transplante de medula óssea, a cura fica condicionada não apenas ao tratamento em si, mas também ao encontro de um doador de células-tronco compatíveis.

Qual é a melhor forma de tratamento para a aplasia da medula óssea?

O tratamento da aplasia da medula óssea varia conforme a causa e a intensidade da patologia. Basicamente, há 3 níveis de combate à doença: tratamento de suporte, imunossupressor e transplante de medula óssea.

Tratamento de suporte

No tratamento de suporte, os sintomas da doença são combatidos de diversas formas, como transfusão de sangue completa ou das células deficitárias com concentrado de hemácias, leucócitos ou plaquetas.

Nesses casos, tratam-se os sintomas na expectativa de que a medula óssea recupere sua capacidade de produzir células sanguíneas saudáveis, o que ocorre em muitos casos.

Imunossuprossores

Já o tratamento com fármacos imunossupressores é utilizado para impedir que o sistema de defesa do organismo ataque a produção hematopoiética. Esse procedimento pode ser realizado em internação hospitalar e resulta na reversão do quadro clínico de forma temporária ou permanente.

Transplante de medula óssea

Se os tratamentos não surtirem efeito, torna-se necessário o transplante de medula óssea. Esse é o tratamento mais complexo e é contraindicado a pessoas de idade avançada ou com comorbidade significativa. Também é necessário encontrar um doador compatível – geralmente, alguém da própria família

O transplante de medula óssea através da utilização das células-tronco hematopoiéticas do cordão umbilical do próprio paciente aumenta a chance do procedimento ser bem-sucedido devido 100% de compatibilidade com o próprio organismo.

Contate a Criovida 

É possível, através da criopreservação, utilizar as células-tronco do sangue do cordão umbilical, já que ela faz o congelamento e armazenamento dessas células. Com isso, o paciente, na idade adulta, pode ter à disposição suas células-tronco para tratar doenças como a aplasia da medula óssea, leucemia, mieloma múltiplo, entre outras.

As células-tronco do cordão umbilical também podem ser utilizadas por parentes de primeiro grau, como irmãos, devido à alta chance de compatibilidade. Conheça mais sobre o armazenamento de células-tronco com a Criovida e os benefícios desse procedimento para a sua família no longo prazo. 

 

Por Felipe Pener

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