Como funciona o cordão umbilical de gêmeos
Na hora do ultrassom, não só um coraçãozinho batendo, mas dois. Aproximadamente de 1% a 2% das gestações no Brasil são de gêmeos. Esse tipo de gestação pode ser mais frequente em mulheres que optam pela fertilização in vitro – por conta da elevação no nível de hormônios que estimulam a liberação de óvulos – e por outros tratamentos de fertilidade. Além disso, o fator hereditário influencia bastante na probabilidade de ter uma gravidez de gêmeos.
Tornar-se mãe de gêmeos é uma benção em dobro, mas a gestação múltipla pode causar surpresa, em um primeiro momento, e algumas dúvidas. Uma delas é em relação ao funcionamento do cordão umbilical de gêmeos. Neste post, tiramos suas dúvidas sobre isso.
Dois tipos de gravidez de gêmeos
Antes de falar sobre a formação do cordão umbilical em si, é importante entender os tipos de gestações gemelares. Quando há apenas uma fecundação, ou seja, quando um espermatozoide fecunda um único óvulo, que origina dois embriões, então temos um caso de “gêmeos univitelinos”, também conhecidos como “gêmeos idênticos”, que têm a mesma carga genética e aparência.
Mas, se dois espermatozoides fecundam dois óvulos distintos, temos um caso de gestação de “gêmeos bivitelinos”, ou “gêmeos fraternos”, podendo ter sexo, cor dos cabelos, olhos e predisposição a doenças diferentes um do outro.
Riscos na gravidez de gêmeos
Tanto em gestações de gêmeos univitelinos quanto de bivitelinos, a gravidez é considerada de risco, uma vez que há possibilidade do nascimento prematuro. Em cerca de 50% dos casos, o nascimento acontece antes da 37ª semana de gestação.
Além disso, grávidas de gêmeos têm mais chances de desenvolver pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial) e diabetes gestacional.
Assim, o acompanhamento médico pré-natal é ainda mais importante para garantir a saúde dos bebês e a da futura mamãe. Os cuidados especiais vão desde a realização de exames com mais frequência até a adequação da alimentação. Que deve dar conta de nutrir não apenas um, mas dois bebês!
De qualquer maneira, o mais importante é visitar regularmente a equipe médica que faz o seu acompanhamento e monitorar de perto o crescimento dos dois bebês que estão para chegar.
Cordão umbilical de gêmeos: entenda como funciona
Uma das grandes diferenças na gestação de gêmeos é o número de placentas. Obrigatoriamente, gêmeos bivitelinos estão ligados cada um a uma placenta. No entanto, entre 10% e 15% dos gêmeos univitelinos têm placentas separadas, o que pode tornar a gravidez mais desafiadora.
Além da placenta, os bebês podem compartilhar algumas outras estruturas como o saco amniótico, a bolsa que contém o líquido amniótico, e o cório, membrana que tem função de proteger o embrião.
Uma das estruturas, porém, que não é compartilhada, seja em caso de gêmeos univitelinos, seja de bivitelinos, é o cordão umbilical. O cordão umbilical tem uma função vital durante a gravidez. É ele que conecta o bebê à placenta, transportando oxigênio, anticorpos e os nutrientes que garantem o pleno desenvolvimento do bebê. Para não faltar nada aos bebês, a natureza sabiamente providenciou que, mesmo em gestações gemelares, haja dois cordões umbilicais.
Entenda, em detalhes, a função do cordão umbilical durante uma gestação
É possível fazer Criopreservação das Células-Tronco dos cordões umbilicais de gêmeos?
Se você descobriu a gravidez de gêmeos e pensa em contratar a Criopreservação das Células-Tronco Hematopoieticas dos bebês, temos uma boa notícia. O fato de serem gêmeos não impede a realização da coleta e do armazenamento desse material em um Banco de Cordão Familiar, como é o caso do Criovida.
Conheça em detalhes como é feita a Criopreservação de Células-Tronco Hematopoiéticas.
No entanto, Bancos públicos não aceitam a doação de células-tronco hematopoiéticas de gêmeos. Apesar de a equipe de parto estar treinada para distinguir os dois bebês durante o nascimento, um dos argumentos dos bancos é de que essa identificação pode ser dificultada. Outro motivo seria este: por serem geralmente menores que os demais bebês, os gêmeos podem não ter o volume suficiente de sangue para a retirada da quantidade mínima de células exigida no procedimento, impedindo a doação.
Ao contratar o serviço de Banco de Cordão Familiar, os procedimentos de coleta, processamento e armazenamento são realizados da mesma maneira que em uma gravidez singular. Dessa maneira, é recomendado, mesmo quando os gêmeos são univitelinos, que seja coletado o sangue dos dois bebês. O sangue é coletado de ambos os cordões umbilicais e das duas placentas, quando esse for o caso, ou da placenta única.
A Criopreservação é uma maneira de garantir que seus filhos tenham material (células-tronco hematopoiéticas retiradas do cordão e da placenta) armazenado de forma segura e confiável caso um deles, ou ambos, necessite de transplante de medula óssea no futuro.
Conheça as doenças que podem ser tratadas com células-tronco
Se você se interessou pela possibilidade de criopreservar as células-tronco de seus bebês, entenda melhor a importância dessas células superinteligentes no corpo humano.