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Cordão umbilical enrolado no pescoço: por que acontece e quais os riscos

Cordão umbilical enrolado no pescoço: por que acontece e quais os riscos

O cordão umbilical é a estrutura que conecta o bebê à mãe, sendo responsável por funções extremamente importantes à sobrevivência do feto. É através dele que o bebê recebe o oxigênio e os nutrientes necessários para se desenvolver e manter-se vivo durante a gravidez.  

Com cerca de 50 a 70 centímetros de comprimento, um dos desafios mais comuns que podem ocorrer em uma gestação é o cordão umbilical se enrolar no pescoço do bebê.  É importante manter a calma. Existem muitos mitos envolvidos sobre o tema, principalmente em relação à gravidade da situação. O cordão enrolado no pescoço é bastante comum e, em grande parte dos casos, não há com o que se preocupar.   

Neste post, vamos entender por que isso acontece. Quais os riscos envolvidos quando o cordão umbilical está enroscado no pescoço e quais os cuidados médicos necessários nesses casos.   

O que provoca o cordão umbilical enrolado no pescoço  

Também chamado de “circular de cordão”, o cordão umbilical enrolado no pescoço é um fenômeno bastante comum. Sua principal causa é a movimentação do feto no útero durante a gestação. O que faz com que o cordão possa enrolar em qualquer parte do corpo do bebê. Em certas situações, por causa do comprimento do cordão umbilical, ele pode dar até 2 voltas no pescoço do bebê, o que acaba deixando a família e a gestante bastante preocupadas com a vida da criança.   

Quais os riscos quando o cordão umbilical está enrolado no pescoço do bebê?  

A primeira coisa que é preciso ter em mente quando o médico identifica o cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê durante o ultrassom é que não há necessidade de pânico. Isso porque, à primeira vista, a ideia da mãe é que o bebê  vai enforcar-se no cordão. No entanto, é importante lembrar que ele não está respirando pelos pulmões.   

Afinal, o bebê recebe oxigênio pelo cordão umbilical, não havendo nenhuma repercussão na respiração dele. A criança respira através do nariz depois que o cordão umbilical é cortado, e não antes disso.   

Os principais problemas podem ocorrer durante o trabalho de parto. Se o cordão umbilical estiver envolvendo o pescoço, ou qualquer parte do corpo do bebê, e for comprimido, existe a possibilidade de a criança ter problemas de oxigenação, o que pode acarretar lesões cerebrais, distúrbios de fala, perda da visão e da memória, dentre outras sequelas.  

No entanto, caso isso ocorra, haverá alterações na frequência cardíaca, indicando ao profissional de saúde que há um problema. Uma vez que o médico esteja monitorando os batimentos do bebê durante o parto, será possível identificar uma provável compressão no cordão e agir rapidamente, evitando qualquer tipo de estresse fetal que possa prejudicar a vida e a saúde da criança 

Segundo a literatura médica, não há evidência estatística que correlacione o cordão umbilical enrolado no pescoço a qualquer tipo de aumento nas taxas de mortalidade neonatal. Ou seja, o fato de seu bebê estar com o circular de cordão não faz com que haja risco de vida.   

Intervenções médicas realizadas  

Na maioria dos casos, não é necessário realizar nenhuma intervenção médica relacionada ao cordão umbilical enrolado no pescoço antes do parto. Isso porque a circular do cordão não oferece riscos ao feto enquanto ele ainda se encontra no útero. Existe até a grande possibilidade de que o cordão desenrole por si só, graças à movimentação do feto no útero. Na hora do parto, caso o cordão esteja enlaçado, o profissional de saúde apenas faz o  seu alongamento, com o intuito de evitar qualquer estresse fetal durante o nascimento do bebê.   

Geralmente, intervenções médicas são necessárias se o cordão for muito curto. Dessa forma, em geral, não há comprimento suficiente para que o bebê nasça de parto normal, sendo necessário realizar o parto cesáreo. Vale lembrar que, em situações em que essa seja uma preocupação da mãe, é aconselhável conversar com o obstetra responsável, a fim de esclarecer quaisquer dúvidas, com o objetivo de tranquilizar a gestante sobre o assunto.  

Parto em casos de cordão umbilical enrolado  

Uma das grandes preocupações de mães que desejam realizar o parto normal é que a cesária seja obrigatória na possibilidade de o bebê estar com o cordão umbilical enrolado. No entanto, isso é um mito.   

O cordão umbilical enrolado no pescoço se dá em cerca de 30% dos partos. Ou seja, a cada três bebês, um passa por essa situação. Entretanto, apenas a identificação dessa circunstância não é motivo suficiente para que haja a necessidade do parto cesáreo. Na maioria dos casos, o médico simplesmente desenrola o cordão do pescoço do bebê, prosseguindo normalmente com o parto normal. A cesária será necessária somente quando houver estresse fetal ou outra complicação, geralmente não relacionada ao cordão umbilical enrolado.   

Se você está pensando em ter um parto em casa ou na água, porém está preocupada com o cordão umbilical, preparamos um artigo explicando o que você precisa saber do cordão umbilical nessas situações. Confira!  

 

Por daniel.assuncao

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