Doenças comuns em bebês e como preveni-las
Apresentamos as doenças comuns em bebês, desde a gravidez até o final da infância, e como preveni-las. Confira!
Durante os primeiros anos da infância e especialmente quando ainda bebês, é comum que as crianças apresentem infecções, febres e outras doenças com mais frequência, tirando o sono também dos pais. Isso ocorre porque o sistema imunológico do ser humano não se desenvolve plenamente até os 12 anos de idade, em média, demandando uma série de cuidados especiais na fase inicial de vida, não só para prevenir como para tratar diversas doenças comuns em bebês.
Os cuidados podem e devem começar durante a gravidez. No decorrer de toda a gestação, é o sistema imunológico da mãe que fornece a proteção de que os bebês precisam. Cuidar da sua saúde é também investir em uma gravidez mais tranquila e deixar um legado de saúde e bem-estar para o seu filho. Isso por que muitos dos anticorpos do bebê são herdados do sistema imunológico da mãe, enquanto o organismo do bebê “aprende” a produzi-lo por conta própria.
Neste post apresentamos as doenças comuns em bebês, desde a gravidez até o final da infância e como preveni-las. Confira!
Doenças comuns em bebês durante a gravidez:
As doenças comuns em bebês durante a gravidez são, na realidade, enfermidades que a mãe pode contrair, impactando o desenvolvimento do feto. “O que protege o bebê é a barreira placentária e o sistema imunológico da mãe, porque a circulação é comum”, explica o médico e assessor de vacinas do Grupo Pardini, José Geraldo Leite Ribeiro. Assim, os principais cuidados envolvem controlar a exposição a possíveis agentes contagiosos, cuidar da alimentação e manter as vacinas em dia.
Segundo o médico, no primeiro trimestre da gestação, os órgãos do bebê ainda estão em formação, e, por isso, qualquer infecção pode ter consequências graves. Nessa primeira fase, as doenças comuns em bebês costumam ser:
– Infecções por citomegalovírus
Também conhecido pela sigla CMV, o citomegalovírus pertence à família do herpes e é capaz de provocar uma infecção chamada citomegalovirose. Embora muitas pessoas sejam assintomáticas ou apresentem apenas febre baixa ou mal-estar, em mulheres grávidas a infecção pode ter consequências mais sérias.
Até 15% dos bebês afetados podem apresentar perda auditiva, visual ou algum atraso no desenvolvimento psicomotor.
Como se prevenir: controle pré-natal. Durante os exames de praxe, poderá ser detectada a presença ou não de anticorpos no corpo da mulher grávida, caso ela já tenha entrado em contato com o vírus em algum momento da vida. Se ele estiver ativo em seu organismo, a orientação é monitorar de perto o desenvolvimento do cérebro e do coração do bebê, além da administração de antivirais em alguns casos. Após o nascimento, o controle próximo deverá ser mantido.
– Toxoplasmose
Também infecciosa, a toxoplasmose entra na lista das doenças comuns em bebês. Pode ser adquirida pelo contato da mãe via oral, pela ingestão de carnes cruas ou malpassadas ou alimentos contaminados, como as verduras, não se esquecendo, porém, da água. A toxoplasmose também pode ser assintomática ou provocar sintomas leves como calafrios, dores de cabeça ou febre. No que diz respeito aos bebês, as consequências são variadas, podendo ser uma doença também assintomática ou levar à morte. Geralmente, os problemas mais comuns estão relacionados à icterícia, ao nascimento prematuro ou com baixo peso e ao aumento do tamanho do fígado.
Como se prevenir: evitar o consumo de carnes malpassadas, evitar consumir frutas, verduras e legumes crus fora de casa e dobrar os cuidados com a higiene. Durante o pré-natal, é feito controle sorológico; caso apresente infecção aguda durante a gravidez, a mãe será tratada com medicamentos a fim de evitar ou minorar o acometimento do bebê. O recém-nascido também será medicado.
– Zika
Nos anos de 2015 e 2016, mais de 4 mil malformações fetais foram atribuídas ao Zika Vírus no Brasil. Ainda sem vacina ou cura conhecida, o Zika pode levar à microcefalia, é transmitido pelo Aedes aegypti e entra para a nossa lista de doenças comuns em bebês que exigem a sua atenção. Por isso, a prevenção é a única forma de combater a doença até o momento.
Como se prevenir: não deixar água parada em casa, evitando a proliferação do mosquito. Utilizar barreiras físicas durante a gravidez: mosquiteiros, telas, vestimentas longas e repelentes (que devem ser prescritos por médicos).
– Sífilis
A sífilis é uma doença de transmissão sexual e tem aumentado muito em nosso país. Uma vez detectada na gravidez, precisa ser tratada nesse momento para não acometer o feto. Dependendo da avaliação pediátrica, o recém-nascido também receberá medicamentos.
Passados os primeiros meses de gestação, os riscos das doenças comuns em bebês citadas acima não estão mais relacionados à má-formação nos fetos, mas a consequência de infecção regular – destruição celular, por exemplo –, e por isso os cuidados ainda devem ser mantidos até o fim da gravidez. Além disso, doenças crônicas da gestante – diabetes da mãe, diabetes gestacional, hipertensão essencial ou doença hipertensiva específica da gravidez –, além de doenças autoimunes, podem prejudicar a saúde fetal. Por isso, além do acompanhamento pré-natal, solicitar cuidados de médicos especializados em gravidez de alto risco. Se este for o seu caso, é a melhor forma de cuidar da sua saúde e da de seu filho, evitando as doenças comuns em bebês.
Dentre as vacinas, existem dois grupos: as vacinas vivas e as vacinas inativadas (ou mortas). O primeiro grupo, como é o caso da vacina contra rubéola, não pode ser aplicado durante a gravidez; por essa razão, é importante que a gestante esteja com a vacinação em dia antes mesmo de engravidar. Já as vacinas do segundo grupo, como é o caso das vacinas contra Hepatite B, Influenza e a Tríplice Acelular do Adulto, podem ser aplicadas em mulheres grávidas uma vez que os agentes se encontram em estado inativado e são altamente recomendadas nesse período para a proteção da mãe e do feto.
Doenças comuns em bebês nos primeiros anos de vida
Nos primeiros meses de vida, o organismo do bebê já é capaz de tentar combater doenças por conta própria, embora ele ainda conte com a ajuda dos anticorpos maternos por alguns meses – adquiridos durante a gestão, mas também por meio do aleitamento materno, medida essencial para o sistema imunológico da criança. A resposta imunológica do bebê, no entanto, não é ideal e, dessa forma, os cuidados devem permanecer nesse início.
As doenças comuns em bebês nesta fase costumam ser:
– Infecção estreptocócica
Presente em cerca de 20% das mulheres, essas bactérias habitam a flora vaginal feminina e podem contaminar o bebê durante o periparto, levando a infecções graves em bebês nas primeiras semana de vida.
Como prevenir: por volta da 35ª semana de gravidez, deve ser realizada uma cultura da mãe, para avaliar se ela é portadora das bactérias estreptocócicas. Em caso positivo, durante o parto, antibióticos serão utilizados a fim de evitar a contaminação do recém-nascido.
– Infecção respiratória
Também conhecido como VSR, o vírus sincicial respiratório pode causar infecções na criança, afetando os brônquios e os pulmões, causando a bronquiolite e a pneumonia. A doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas semelhantes aos da gripe comum, em grande parte dos casos. No entanto, sua evolução para um quadro mais grave pode levar a febre alta, tosse, dificuldades para respirar, respiração chiada, falta de apetite, letargia, dentre outros sintomas.
Como prevenir: evitar que o bebê entre em contato com muitas pessoas e muitos ambientes diferentes durante o início de sua vida. A transmissão se dá também por via oral; portanto, cuidar para que a criança não leve à boca objetos sujos e garantir que os adultos à volta do bebê higienizem bem as mãos é a principal forma de prevenção. No caso de prematuros extremos ou com alguns problemas cardíacos, pode ser prescrito um imunobiológico preventivo (Palivizumab) durante os meses de maior circulação do vírus.
Além dessas, o vírus da Influenza e outras bactérias presentes no ambiente também podem ser bastante graves para a criança. Em todos esses casos, uma profilaxia muito importante é o aleitamento materno, além do isolamento de convivência comunitária nos primeiros três meses de vida, até o momento em que tem início a vacinação. Outra orientação é utilizar a estratégia de casulo, ou seja, garantir que todos os familiares e os adultos que terão contato com o bebê estejam com a vacinação em dia, protegendo-o indiretamente.
Células-tronco: possibilidade de tratamentos para a vida toda
Outra escolha que está à sua disposição ainda na gravidez e que pode mudar a qualidade de vida do seu filho é considerar o congelamento de células-tronco. O procedimento é relativamente simples e totalmente seguro tanto para a mãe quanto para o bebê, e certamente é uma ferramenta poderosa para combater doenças de sangue que seu filho possa apresentar ao longo da vida. Procure seu médico e informe-se mais sobre o procedimento de criopreservação de células-tronco.
Para entender em detalhes todos os seus benefícios, confira este post.