Blog

Mitos e verdades sobre as células-tronco

Mitos e verdades sobre as células-tronco

O uso das células-tronco foi uma das grandes descobertas da Medicina. As células-tronco têm a capacidade de se transformarem em qualquer célula do corpo, podendo assim se replicarem várias vezes, diferentemente de outras células do organismo. 

As células-tronco são encontradas em células embrionárias e em diversas partes do corpo, por exemplo: no sangue, na placenta, no cordão umbilical, na medula óssea, dentre outros. Atualmente os estudos apostam na manipulação de células-tronco para fins terapêuticos, para a cura e também para o tratamento de determinadas doenças degenerativas e crônicas, traumas e recuperação de tecidos danificados. 

No entanto, ainda existem diversos mitos que cercam o assunto. Há quem desconheça como é realizado o procedimento de coleta, a sua importância para o tratamento de doenças e a evolução das pesquisas na área da Medicina Regenerativa. Neste post, você confere os principais mitos e verdades sobre células-tronco. 

 

O que são células-tronco? 

 

As células-tronco surgem no ser humano ainda na fase embrionária, anteriormente ao nascimento, e apresentam duas características distintas: elas conseguem se reproduzir, duplicando-se e gerando duas células com características iguais, e conseguem diferenciar-se, ou seja, podem se transformar em diversas outras células de tecidos e órgãos. Por isso, elas são capazes de regenerar órgãos e tecidos lesionados, possibilitando sua recuperação ou tratamento. 

Foi em 1957 que houve o primeiro registro bem-sucedido, na História, de um transplante de medula óssea que continha células-tronco hematopoiéticas, dando início a décadas de um dos mais significativos avanços da Medicina atual.  

 

Principais mitos e verdades sobre células-tronco 

As células-tronco do sangue do cordão umbilical e placentário são utilizadas comprovadamente para o tratamento de doenças.

VERDADE: Várias doenças podem ser tratadas com o uso de células-tronco do cordão umbilical. Essas células do sangue do cordão são uma fonte consagrada pela Medicina, visando tratar principalmente doenças hematológicas e imunológicas através de transplante de medula óssea. 

No campo da pesquisa de novos tratamentos, a comunidade científica mundial tem demonstrado grande interesse no potencial terapêutico tanto do sangue como do tecido do cordão umbilical para tratamentos de doenças, muitas delas ainda sem cura, como paralisia cerebral, Parkinson, Alzheimer, autismo, diabetes, etc. 

Atualmente, as células-tronco são usadas para o tratamento de diversas doenças. As principais delas são: 

  • leucemias 
  • mieloma múltiplo 
  • aplasia da medula óssea 
  • síndrome mielodisplásica 

 

Qualquer pessoa pode congelar as células-tronco do cordão umbilical do bebê.

VERDADE: É possível realizar o congelamento das células-tronco presentes no sangue do cordão umbilical do bebê, logo após o seu nascimento. O armazenamento desse material é realizado por um Banco de Sangue de Cordão Umbilical e vem se tornando uma prática muito popular. 

Depois do nascimento do bebê, coleta-se cerca de 70 ml a 100 ml de sangue do cordão e da placenta. E, depois de ser processado em laboratório, é congelado para o caso de haver necessidade de uso no futuro. Não existe risco algum para a mãe ou para a criança durante o processo de coleta.   

Há bancos públicos e privados para o armazenamento do material. 

 

O armazenamento de células-tronco em bancos públicos e privados é a mesma coisa.

MITO: As doações de células-tronco para bancos públicos são voluntárias e feitas em maternidades credenciadas à BrasilCord, rede de Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário. Todo o material da coleta pertence à rede pública. Não há garantia de que, se a família precisar das células-tronco futuramente, elas estarão disponíveis. Já nos bancos de sangue de cordão umbilical e placentário privados, o uso poderá ser feito pelo doador ou por parentes, se compatível. 

 

Apenas a própria pessoa pode fazer uso das células-tronco.

MITO: O uso das células-tronco pode ser feito tanto pelo doador quanto por um membro familiar que seja compatível. O uso pela família amplia as chances de as células armazenadas serem usadas no futuro. 

 

Todas as células-tronco são iguais.

MITO: Existem muitos tipos de células-tronco, como hematopoiéticas e mesenquimais, mas podemos ordená-las em dois grandes grupos: a adulta e a embrionária. As diferenças entre as duas são marcantes,  em relação às indicações para aplicações de procedimentos médicos. 

 

O bebê pode sentir dor durante a coleta das células.

MITO: A mãe e o bebê não sentem nada. A coleta é feita somente depois de o cordão umbilical ter sido clampeado, cortado, e o bebê entregue ao pediatra. Diferentemente da coleta mais tradicional, que é pela medula óssea, a coleta das células-tronco do cordão não é um procedimento invasivo. Pelo contrário, é seguro e indolor.  

 

O sangue e o tecido do cordão umbilical NÃO são a mesma coisa.

VERDADE: Para que os pais possam tomar uma decisão consciente sobre o armazenamento de células-tronco, é muito importante saber que, no sangue, são encontradas as células-tronco do tipo hematopoéticas, e no tecido, as células-tronco do tipo mesenquimais. As células-tronco hematopoéticas e mesenquimais têm características, propriedades e aplicações distintas. 

As hematopoéticas são células eficientes para tratar doenças do sangue: aplasia de medula óssea, leucemias, linfomas, dentre outras. Ao passo que as mesenquimais têm grande plasticidade, e por conta dessa plasticidade, elas têm sido utilizadas para reparar ou regenerar tecidos danificados como ósseo, cartilaginoso, hepático, cardíaco e neural, ainda em fase experimental.  

 

Existe um prazo máximo para que o cordão possa ficar congelado.

MITO: Não há tempo máximo definido pela literatura. Há relatos que indicam unidades congeladas há aproximadamente 25 anos, que ainda demonstram viabilidade celular adequada. 

 

Armazenar as células-tronco é uma forma de pensar no futuro dos filhos.

VERDADE: É importante ressaltar que as células-tronco hematopoiéticas, além de serem compatíveis com o próprio bebê, apresentam uma chance aumentada de compatibilidade entre irmãos. Com as células criopreservadas, existe maior rapidez no tratamento e na diminuição dos riscos de rejeição e efeitos colaterais depois do transplante, por exemplo. 

É importante alertar que, em casos de doenças congênitas, essas células não podem ser utilizadas, já que apresentam a mesma alteração.  

O acesso à informação sobre o procedimento, as vantagens e os preços mais acessíveis são prerrogativas que têm feito com que as famílias optem pelo armazenamento privado das células-tronco, a fim de serem utilizadas pelos próprios filhos no futuro. 

 

E, se quiser saber um pouco mais dos motivos para criopreservar o sangue do cordão umbilical, confira nosso material completo. Faça o download.  

 

Por daniel.assuncao

Compartilhe este conteúdo


Leia Também

Newsletter

Tem interesse em saber mais sobre criopreservação? Deixe seu contato para receber informações exclusivas sobre este universo.